quarta-feira, novembro 15, 2006

se dê conta

Anorexia e bulemia não é moda.
Tem gente fazendo um trabalho legal com pais e adolescentes.Li na Rosana e estou divulgando.

2 comentários:

Valéria Lemos Palazzo disse...

Olá Fátima
Meu nome é Valéria sou psicóloga e fui eu que mandei o e-mail para o blog da Rosana falando sobre anorexia. Quero te agradecer por ter escrito no teu blog que já existem iniciativas para prevenção como a que fazemos.
Muito obrigada mesmo !
Segue abaixo a "carta" que enviamos para nossos contatos e para a midia em geral:

Morte da modelo com anorexia

Diante da polêmica sobre a morte da modelo anoréxica queremos expressar nossa opinião como profissionais que atuam na área de tratamento e prevenção de Transtornos Alimentares.
Discutiu-se nos últimos dias muito se muitas modelos possuem Transtornos Alimentares. De fato esse é um meio onde a magreza é super valorizada, sendo inclusive uma condição imprescindível para o sucesso na profissão.
Há uma distorção na forma como o corpo da modelo é percebido pela sociedade. O corpo normal é visto como gordo e o corpo magérrimo é visto como normal e ideal.
Ao invés de focar nessa questão a mídia têm afirmado que poucas modelos tem transtornos alimentares e que a maioria delas é naturalmente magra e não apresenta nenhum problema.
A questão é outra: modelo é “modelo”. Modelo significa servir de exemplo. Servir de exemplo de beleza, de corpo e de sucesso.
Se a maioria das modelos tem a “sorte” de ser naturalmente magra, a maioria das mulheres sofre fisicamente e psicologicamente para alcançar esses ideais inatingíveis.
Pensamos que ao invés de discutir, nesse momento, se as modelos são ou não naturalmente magras este seria um bom momento para se discutir porque nossa sociedade escolhe a magreza extrema como modelo ideal de beleza.
Muito triste tudo isso. Mas quem sabe não comece por aí uma volta ao bom senso. Esta questão é tão absurda que
meninas pré adolescentes apresentam mais medo de engordar, do que de guerra nuclear, câncer, ou perder um dos pais segundo uma pesquisa da University of Colorado at Boulder. E 78% das mulheres sentem que não são boas o suficiente para ninguém. Incluindo elas mesmas.
Mas infelizmente nós que trabalhamos nesta área já nos deparamos com várias "Carolinas", meninas que assim como ela acabam morrendo em função da anorexia e bulimia. Essas também tem família, mães, pais e irmãos que choraram por elas. Mas como são "anônimas" suas vidas e histórias permanecem "invisíveis".
A morte de Ana Carolina, também colocou a anorexia na pauta, com muitas matérias, depoimentos e entrevistas.
Sim, é preciso alertar pais, educadores e sociedade sobre o problema dos Transtornos Alimentares. Mas é preciso também pensar em estratégias de prevenção, e embora pouco conhecidas e divulgadas já existem iniciativas em nosso meio para deter complicações tão graves. Assim funciona o "Projeto Se Dê Conta", atuando diretamente na sociedade por meio de palestras, cursos e participação em congressos.
Está é uma forma de divulgar informações corretas e realizar um trabalho de caráter preventivo
Conheçam nosso trabalho em: http://www.sedeconta.blogspot.com/ http://www.gatda.psc.br http://www.genta.com.br

Valéria Lemos Palazzo
Psicóloga Coordenadora do GATDA e membro do "Se Dê Conta"
CRP 06/35173
"40% das mulheres dariam 3 a 5 anos de vida para alcançarem o peso ideal"
Saiba mais:
GATDA - Grupo de Apoio e Tratamento dos Distúrbios Alimentares
http://www.gatda.psc.br

Ana disse...

Tomara que as jovenzinhas leiam isto!
Beijo pra vc, Fatiminha!